sábado, 15 de junho de 2013

Um dia

“Um dia, alguém vai aparecer na sua vida e tirar tudo do lugar. Mudar os seus hábitos, algumas opiniões, a sua cor preferida, os seus passeios de sexta, o seu programa de tv. Vai mudar também o primeiro pensamento ao acordar, e os sonhos de todas as noites, vai fazer você se superar a cada dia, e aprender a essência verdadeira do amor. Essa mesma pessoa vai fazer o seu pesadelo de infância mudar, e o que era o bicho papão do armário agora é o medo de vê-la partir algum dia. Essa pessoa vai também ser a razão para você estar aqui. Vai fazer você ter vontade de apresentá-la a todos, ter vontade de mostrar suas manias, levá-la aos seus lugares prediletos, vai fazer crescer em ti algo muito belo e especial, algo que você jamais sentiu .Vai fazer você sonhar acordada a viagem do ônibus do parque até a sua casa, durante o banho. Vai fazer você ficar suspirando de minuto em minuto, vai fazer você sentir paz apenas ao olhar para ela. Essa pessoa vai pegar seu mundo e virar do avesso, mas você não vai ligar, apenas vai achar tudo muito lindo, como tudo o que ela faz. Vai fazer você pensar em futuro, em construir uma família. Vai fazer você desejar sempre ser o seu melhor só para agradá-lo, vai querer fazer você em pleno sábado assistir um filme reprisado na tv, apenas porque a companhia ao seu lado será ela. Essa pessoa vai te fazer crescer, te fazer vibrar a cada sorriso, e sempre vai estar ali para abraçar você caso haja quedas. Essa pessoa será seu porto seguro, aquela que você sempre esperou. Essa pessoa é o amor da vida toda. E eu sou grata à Deus, porque a encontrei.”

O amor

“Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado… Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados… Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite… Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado… Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela… Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.”
— Carlos Drummond de Andrade

Nem todas as vezes

Nem em todas as vezes que eu sorri eu estava feliz. Nem em todas as vezes que eu ri daquela brincadeira eu a achei engraçada. Nem em todas as vezes que eu estava de mangas compridas eu estava sentindo frio. Algumas vezes eu pedi para que todos sumissem, mas eu queria que ficassem. Outras vezes tive todos a minha volta, mas queria que sumissem. Em algumas vezes o vi passar pela minha frente, me mantive de pé, mas por dentro desmoronei. Em algumas vezes eu disse que não conseguia, mas estava com medo de tentar. Certas vezes ouvi coisas que me doeram, mas simplesmente sorri e fingi que estava bem. Em alguns episódios eu disse que não sabia onde tinha me ferido, mas eu sabia exatamente onde, quando e com o quê. E quando disse “eu me machuquei”, não estava mentindo. Foi um ato meu. Nem em todas as vezes que eu disse não me importar eu dei de ombros. Não foi em todos os casos que eu tive tudo sob controle quando disse que tinha. Não foi. Não foi sempre assim. Eu nem sempre disse a verdade. E eu gostaria muito de que tivessem reparado nisso. Mas nem sempre repararam...

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